04 dezembro 2012

EDUCAÇÃO PELA ARTE: AJUDAR A CRESCER CRIANDO

Ajudar a crescer criando.

Certo dia, numa ida ao circo, a criança observa o espectáculo, mas em determinada altura fica confusa em relação aos elefantes. O animal estava sempre com uma enorme corrente numa das patas, cravada com uma estaca de madeira no solo. Um animal tão grande como o elefante não consegue arrancá-la facilmente e fugir???

-Pai, não entendo...como é que ele não foge?
-Porque está amestrado.
-Pai, então porque é que está preso a uma corrente?

Silêncio.

Embora evidencie o problema da captura de animais selvagens que são obrigados a viver no circo para o nosso belo entretenimento, se reflectirmos noutra perspectiva, percebemos que estamos perante uma metáfora das pessoas.
O elefante do circo não tenta fugir porque foi acorrentado desde muito novo.
Após alguns anos a tentar escapar de tal maldição, nunca conseguiu, até que por fim, desistiu e aceitou o seu destino: ficar preso a uma estaca vivendo para o circo.
Um animal gigante que não se solta de uma simples estaca, porque perdeu toda a esperança.
De certa forma, as pessoas são assim.
Enquanto estamos a crescer, somos bombardeados com mil coisas que temos que saber, porque são importantes, ou pelo menos é o que nos dizem, e quando falhamos, apontam-nos o dedo " nunca vais ser capaz" ou "não és bom o suficiente, é melhor fazeres outra coisa".
As estacas foram ficando gravadas na nossa memória, que em adultos conformamo-nos de que "não faz mal, sempre foi assim" ou "é demais para mim!".

A única maneira de quebrar estas correntes, é tentar de novo e enfrentar sem ter medo de falhar. O insucesso não é apenas um molde de expressão de um falhanço, mas um sentido de progresso, ainda que pequeno, da própria evolução da satisfação.

Ao lidar com crianças e jovens é necessário privilegiar a comunicação, estimulando a participação e resolvendo conflitos.

A criança de ontem, será eventualmente, o adulto de hoje.

É aqui que o trabalho de um profissional como mediador, animador, monitor ou educador assenta.
A animação, seja qual for a sua variante, tem como objectivo o desenvolvimento pessoal do ponto de vista pedagógico, através de métodos activos recorrendo ao lúdico enquanto meio educativo.

Não foi acidentalmente que não mencionei a palavra professor, quando procurei definir o papel de alguém que lida ou trabalha com crianças e jovens, porque quero que se reflicta sobre a diferença entre estes dois protagonismos na educação.
Um professor, como dita o plano mais conservador da sociedade, faz acreditar que o seu papel é o de maior importância na educação do indivíduo, aquele que educa e que disciplina correcta e eficazmente, preparando-o mentalmente para o futuro.
Felizmente, hoje em dia, o papel do animador tem adquirido mais valorização, libertando-se de rótulos e preconceitos de que não é igualmente essencial ao crescimento da criança.
Perdendo assim o seu nariz de palhaço, o animador ganha dimensão enquanto construtor de alicerces interpessoais e intrapessoais, como um complemento que em paralelo ao professor, apenas pode beneficiar e enriquecer o bom crescimento do indivíduo.

"O ser humano, tem inexplicavelmente uma enorme necessidade de comunicar e de expressar-se com e para o mundo que o rodeia. Ajudar os indivíduos e os grupos a concretizarem essa necessidade é uma das áreas susceptíveis de trabalho em
animação." APCC

A animação artística ou cultural, é no sentido mais amplo da palavra, o trabalho desenvolvido pelo animador que pedagogicamente utiliza técnicas de dinamização de actividades para reflectir e construir aprendizagens com significado, onde o processo é sempre mais importante que o produto final.
A criatividade é o resultado do processo de criar, que a nível individual ou colectivo, propõe mudanças ou transformações, proporcionando produtos únicos, reflectindo e moldando quem somos.

Aqui procura-se explorar a criatividade, que mais do que o conhecimento gera vivências.
"A criatividade aprende-se criando."
O animador não tem que ser criativo, mas deve estimular e potenciar a criatividade.
Não existem receitas mágicas ou infalíveis quando lidamos com crianças ou jovens.
Cada pessoa ou grupo funciona determinada forma, por isso é fundamental que o animador tenha a habilidade de criar os ajustes adequados, para que possa viabilizar da melhor forma as acções previstas.


A história do elefante acorrentado não foi para embelezar ou poetizar este texto...
Tem, seguramente, um propósito intencional.
A criatividade só poderá rebentar, florescer e crescer quando nos sentimos em segurança,  em liberdade e com confiança necessária para tal.


Imagem retirada da Internet

Fonte Bibliográfica Textos de apoio "Animador de tempos livres" pela APCC

16 maio 2012

BINÓMIO

"Tristes das almas humanas, que põem tudo em ordem, que traçam linhas de coisa a coisa, que põem letreiros com nomes nas árvores absolutamente reais, e desenham paralelos de latitude e longitude sobre a própria terra inocente e mais verde e florida do que isso!" Alberto Caeiro

Falemos de educação, de disciplina, de disponibilidade e ócio.
Sabemos que a natureza é desordenada e desregrada, que ignora  qualquer princípio estético ou racional e que se limita a uma metamorfose contínua e evolutiva pela simples função de existir numa realidade despreocupada sem intencionalidade superficial...
Já nós, suprimimos essa simples existência de ser para vivermos em sociedade, regulada e ordenada, para que possamos justificar a nossa razão de significância, de dar um sentido às coisas, ao que somos...para fazermos parte de um sistema que depende de um rótulo para que, instantaneamente, tudo faça sentido, sem que questionemos muito.
Poderíamos coadunar com essa rebeldia aparente. Seríamos indisciplinadores!
Viver aparte da linguagem dos códigos administrativos, das instituições, estar à margem da ordem humana, correndo o risco de desumanização. 
Talvez um pequeno preço a pagar.
Que por um lado precisamos de uma regulação e que por outro precisamos de saber não sermos instituídos numa espécie de dependência destrutiva.
De ambos precisamos. Como qualquer dicotomia inerente à vida. 
É aqui que falhamos. Não conseguimos atingir um equilíbrio eficaz. Uma forma de salvação que proteja o individuo e o social simultaneamente.
Apostamos demasiado em extremos, julgando que "cortar o mal pela raiz" milagrosamente vai ao encontro da conformidade e harmonia pela ordem social.
Quando na verdade, apenas cria caos.
Aposta-se na disciplina, na autoridade, na ocupação do tempo, como se estar desocupado fosse um sinónimo de preguiça.
Se outrora a educação era praticada em tons de autoritarismo (não confundir com autoridade), hoje apelamos uma condescendência de submissão às estratégias de métodos e programas educacionais, meios burocráticos que repelem o génio criativo dos educadores e professores, a fim de valores estatísticos...degradando o ensino sem que nos apercebamos conscientemente. É que estamos tão empenhados em fazer, tomar acção, fazer isto e aquilo, fazer, fazer...que acabamos por perder a verdadeira noção de construção na educação. Acabamos por perder o nosso próprio sentido livre de acção, de reflexão, de equilíbrio.
Aqui ter autoridade não é apenas um estatuto de respeito, mas um valor conquistado pela coerência intelectual e emocional.
"Há problemas que ainda não consegui resolver. Deixaram as suas marcas. Imprimiram a sua nefasta influência num passado distante que nem sempre consigo localizar." A.C.
Para que se possa evoluir é preciso aprender com as lições que o passado nos ensinou, mas também é inevitável a perda destas mesmas memórias, como que um desapego racional do dia de ontem, para poder recomeçar, adquirir novas competências, criar novas perspectivas.
Alberto Caeiro diz que é preciso esquecer, ficarmos desocupados, para criarmos espaço para outras coisas novas.
Como buscar melhores dias se passamos a vida a remoer o passado? De facto, faz algum sentido. Mas, estaremos assim a negar memórias válidas que despertam os nossos reflexos, que nos fazem recordar e nos defendem de eventualidades? 
É impossível apagarmos as nossas memórias, ficarão quanto bastem connosco numa gavetinha do cérebro prontas a serem utilizadas caso haja necessidade, porém não devem ressurgir apoderando-se de vontade própria como que intrusas ditando as suas ordens.
É que precisamos da espontaneidade do momento para podermos descobrir e crescer.
"Esse otium, essa paz, só é possível quando varremos da nossa memória o peso morto do passado."
E que conotação tem afinal esta desocupação, de que tanta gente padece e que nos aflige assim tanto?
O problema reside, como sempre, na mania insistente de nós, raça humana, atribuir nomes e significados, de difamar associações em nosso prol.
É que ócio, otium em latim quer dizer durante a paz. Ninguém diria, não é?
Assim uma pessoa desocupada, disponível, livre de bagagem inútil, aceita a condição de ociosidade num trato de criatividade superior, permeabilizando a receptividade à verdade.
Será este o caminho para encontrarmos o nosso equilíbrio de realização humana?

Imagem retirada da Internet

Fonte Bilbiográfica_Conversas Inacabadas com Alberto Caeiro de José Flórido




29 abril 2012

O SPRAY DA RUA CÁ DENTRO


"Um artista com muita lata."
Falamos de arte urbana como se pertencesse somente à rua, como se fosse impensável a sua imortalização num espaço interior, como se perdesse a sua identidade e todo o seu sentido de livre estilo político e social ou até de nenhuma mensagem implícita.
O graffiti, desde sempre, associado ao vandalismo, acabou por nunca conquistar a grande massa consumidora de arte. Mas hoje, apesar da persistência deste pensamento, que ainda subsiste, felizmente começa a ser reconhecido e acreditado.
Quando se fala em graffiti, automaticamente, recordam-se as paredes sujas, "Amo-te Cátia Vanessa, queres cazar comigo?" ou um tag qualquer de alguém que acredita que ser cool é agarrar em tintas e pintar umas letras.
Ora, o graffiti a sério não é nada disso. A nível profissional, são muitos os artistas com formação ou que sem ela, recuperam alegria nas ruas.
Claro que é preciso ter alguma delicadeza e calcular onde se vai marcar algo publicamente.
Habitações, superfícies privadas, edifícios históricos, emblemas nacionais, entre outros, não serão os locais mais apropriados.
Restam os muros ao abandono, as casas ocupadas e pouco mais, na verdade.
É aqui que considero fulcral o reconhecimento deste estilo artístico alternativo para que possa ser aceite pela população, como uma iniciativa, como uma forma de arte e não como lixo.
Que se criem espaços destinados a este fim. 
Que se tenha consideração. 
Um bom exemplo é a exposição de tema livre, na galeria António Prates em Lisboa, onde o graffiti saiu da rua, com a participação de 10 artistas portugueses e 1 polaco até 12 Maio.


Imagem da Internet (Iniciativa da CMS "Setúbal mais bonita", na rua 5 de Outubro em Setúbal)




20 abril 2012

THE CITY THAT NEVER SLEEPS_kreuzberg


Berlim século XXI.
É a metrópole da transformação e da reinvenção um dos principais destinos de interesse cultural e patrimonial do mundo.
Mais que uma cidade que dos escombros de atrozes violências, do capitalismo burocrático e de um estado policial autoritário se ergueu e renasceu das cinzas para dar lugar ao que é hoje. A capital da liberdade. Da multiculturalidade.
Não é apenas a cidade do muro… é uma cidade autónoma reunificada de vida artística, de gastronomia, de moda, de museus e de cultura alternativa.
Cheia de energia e expressão a sua paisagem urbana tende a reinventar-se a cada momento, quer pela imagem de um cenário repleto de história, onde o passado e o futuro coexistem. 
Para se compreender Berlim, é preciso deixarmo-nos levar pelo espírito berlinense. 
Os diferentes bairros que integram a cidade são a prova viva disso.
O bairro de São Nicolau (Nilokaiviertel) é um bom exemplo de restauro e de conversão transformando-se numa verdadeira aldeia medieval banhada pelo rio Spree. 
É o berço da velha Berlim, retratando a vida do artesão, com as suas ruelas de pedra e casinhas baixas.
São inúmeros os espaços expositivos que mostram os horrores de quem a viveu, podendo visitar o JudishMuseum ou simplesmente passagens vigiadas por militares enquanto Alemanha dividida, como o CheckPoint Charlie; o Memorial do Holocausto ou Memorial dos Judeus Mortos na Europa (Denkmal für die ermordeten Juden Europas) inaugurado recentemente em 2005 e o Muro, ou o “Muro da vergonha”, hoje desaparecido, embora ainda existam algumas partes de tijolos que servem de tela para criações artísticas de quem vai passando.
Em Berlim Ocidental, a ambiência é totalmente diferente, uma espécie de cultura underground. Um bairro que mostra acolher grande parte da comunidade emigrante ou os mais alternativos é Kreuzberg.
Aqui a comunidade islâmica impera e o Doner kebab está em todo o lado. Prato importado nos anos 70 em Berlim pelos turcos que tem vindo a expandir-se fazendo forte concorrência ao famoso Curry wurst da cozinha berlinense.
Kreuzberg é o mítico bairro dos artistas e do espírito contestatário. Banhado pelo Landwehrkanal, este é o local mais alternativo de Berlim que retrata uma geração de ocupações e de movimentos associativos, com as primeiras comunidades de squatters (casas ocupadas), bares gays e grupos independentes de artistas.
No final da viagem fica a sensação de sermos invadidos por uma avalanche de arte e cultura reflexo de uma cidade que nunca dorme.

(imagem retirada da Internet)


15 abril 2012

JARDINS DAS CIDADES


Fez-se da terra uma imensa mancha cinzenta de betão e cimento tão impermeável que nada dela brota.
Os espaços verdes acabaram por resumir-se a uma dúzia de locais que classificámos como reservas parques jardins ou baldios. 
Aproveitar os terraços comunitários de edifícios públicos ou privados começa agora a surgir para combater esta paisagem urbana que mais se parece com um latão onde estamos todos enlatados.
"Nas últimas décadas arquitectos construtores e responsáveis pelo planeamento urbano começaram a optar pelas coberturas ajardinadas não pela sua beleza, mas pela sua capacidade de atenuar as condições ambientais extremas, características das coberturas vulgares." National Geographic
O que possibilitou esta nova forma de aproveitamento urbanístico deve-se na verdade às maravilhas da tecnologia. Novas formas de irrigação que permitem o escoamento e que suportam o crescimento das plantas  sem os típicos problemas da invasão das raízes.
Como funciona exactamente este processo?
A vegetação absorve a pluviosidade que encharca o solo que através de um tecido de filtração faz escoar o excesso de água para uma conduta de drenagem servindo de depósito de água para ser novamente distribuída às raízes. Claro que todo este solo precisa de um bom suporte que permita todo o equilíbrio desta construção. Isolamento e plataformas estruturais servem de base separando a cobertura ajardinada do edifício.
As cidades jardins recordam a importância de aproximar a natureza do contexto urbano aproveitando a energia solar e a chuva proporcionado-lhes continuidade biológica e ao mesmo tempo contribuir para a diminuição do efeito de estufa e do aquecimento global.
"Recuperam aquilo que é, no essencial, espaço negativo dentro da cidade e transformam-no numa cadeia de ilhas no topo das coberturas que estabelecem ligação ao campo no geral." National G.
EUA e Europa partilham já desta forma de pensamento.
A sede do Banco Mais na 24 de Julho em Lisboa é um dos exemplos mais recentes inaugurado em 2006.
Entre outros temos o Palácio de Belém o Centro de Documentação e Informação da Presidência da República a Torre Verde etc.
As coberturas ajardinada não resolvem todos os males mas certamente optimizam uma melhor eficiência energética que nos permite viver na cidade com alguma qualidade.

(Imagem retirada da Internet)

Fonte biliográfica_National Geographic Portugal Maio 2009

13 abril 2012

O CONTÁGIO DA ATITUDE


A atitude de uma pessoa pode conduzi-la ao sucesso ou ao fracasso contagiando tudo e todos em seu redor.
Para uns o espírito crítico pode ser uma forma de viver a vida estando constantemente a observar e a falar sobre os outros muitas vezes sem olharem para si mesmos. Para outros a doença do eu em que nos sobrevalorizamos demais pode em equipa ou grupo alcançar mesmo a derrota do nós.
A incapacidade de admitir erros ou de perdoar.
As ferramentas que vamos desenvolvendo durante o percurso da vida podem ser influências determinantes na forma como vivemos e nos relacionamos com os outros.
As pessoas mostram exteriormente aquilo que reflectem dentro de si.
Por isso temos pessoas de todo o tipo numa mistura de ingredientes que podem fabricar uma boa receita ou uma que precise de mais tempo no forno para o seu aperfeiçoamento.
Segundo John C. Maxwell a atitude é identificada como um sentimento interno expressado pelo comportamento.
"Se deixar uma maçã podre junto de uma taça de maçãs boas, acabará por ter uma taça de maçãs podres." John C. Maxwell
É aqui que a perspectiva de como vemos ou de como lidamos com as pessoas ou situações adquire um papel importante. Quando se diz uma coisa má acontece existe sempre um lado positivo. Que para muitos não é mais do que o significado de que para começar algo é preciso que a outra termine.
A atitude positiva perante um problema pode torna-lo numa oportunidade.
Diz-se ainda que apenas em situações de adversidade é quando as pessoas mostram uma aptidão mais forte em gerir os problemas e resolve-los.
"A adversidade é prosperidade para aqueles que possuem uma grande atitude." John C. Maxwell
Ouve-se dizer que há coisas que fazem parte de nós e há outras que apenas a vida nos ensina.
A verdade é que a atitude constrói-se. Desde que nascemos até à nossa morte. À nossa personalidade é-nos acrescentado inúmeras dádivas durante os estágios da vida por influência externa. Escolaridade família amigos experiências trabalho etc.
Mas no fim é uma escolha pessoal sermos como somos. Se gostamos daquilo que somos ou se queremos mudar.
No fundo é a nossa disposição que nos permite fazer acreditar que conseguimos mudar o presente e influenciar o futuro. Aqui o acreditar tem um poder essencial e assertivo. Não se trata de um poder religioso de fé ou de poderes místicos. Acreditar é colocarmos os pensamentos em acções e sim eventualmente algo mudará mais cedo ou mais tarde. Só a inércia e a frustração poderão impedir esta realização.
Mudar pode trazer a recompensa. Errar não pode ser considerado um fracasso mas uma adversidade que pode ser ultrapassada com a atitude certa e perseverança.
O aperfeiçoamento contínuo servirá sempre para crescermos se estivermos atentos ás oportunidades e pularmos de obstáculo em obstáculo com uma atitude positiva.
E nestes tempos conturbados de uma crise que desmotiva qualquer jovem adulto sénior é quando se tem de acreditar mais e não cruzar os braços.
O dia de amanhã será sempre incerto mas a única certeza que tenho é a morte e dessa não podemos escapar.

(Imagem retirada da Internet)

Fonte bibliográfica_John C. Maxwell, Attitude 101, Thomas Nelson, January 2003

12 abril 2012

AO SERVIÇO DOS OUTROS


Quando se fala em ajudar pensamos em acção solidária voluntariado ou cidadania activa que apelam a um conjunto de princípios assentes na liberdade responsabilidade participação gratuitidade complementaridade e convergência praticados de uma forma desinteressada e livre.
Mas estas formas de ajuda ao próximo aparentemente dotadas da mesma definição apresentam na verdade algumas diferenças entre si.
Seja qual for a motivação pessoal que faz despoletar o bichinho desta intenção em que pode ser uma forma de agir e de consciência das desigualdades da contribuição para a melhoria da qualidade de vida de testar capacidades e limites uma ocupação de tempos livres ou ainda o gosto de dar sem receber nada em troca...é uma forma de estar na vida.
Há que saber distinguir uma válida e não menosprezada acção solidária pontual ou regular ou cidadania activa que advém de um espírito de bom senso e de um carácter mais simpatizante para com a comunidade que parte unicamente de um individuo (por norma) de uma acção contínua contextualizada e que vincula ao individuo e à entidade um compromisso a um projecto ou actividade ou seja o voluntariado.
"Espaço próprio de actuação e assume-se como uma importante forma de intervenção social." Plataforma de Voluntariado Município Participado Setúbal
É importante saber fazer esta distinção porque a grande maioria das pessoas não tem o conhecimento adequado do que é voluntariado e acaba por não perceber que muitas vezes já tem a experiência desta articulação da intervenção social.
Um bom exemplo é o caso do estudante que pertence ao grupo de associação de estudantes do secundário ou da faculdade.
Todos podemos praticar acções solidárias enquanto voluntários ou não. O mesmo se aplica ao voluntário que apesar do acto de voluntariado consciente da sua importância pode não ser exactamente uma pessoa solidária...
O que me leva a esta questão. Será que a motivação pessoal de um voluntário subsiste numa motivação egocêntrica em primeira instância mas consciente e preocupado na sua intervenção ou é apenas levado a agir para com os outros destituído de qualquer retorno de bem estar pessoal?

(Imagem retirada da Internet)

Fonte bibliográfica_Plataforma de Voluntariado Município Participado de Setúbal (acção de formação para a sensibilização do voluntariado)